O mundo enverga por dentro,
como se os movimentos não tivessem espaço para crescer.
Há impulsos que procuram expansão,
mas tropeçam em limites que não se anunciam.
A vontade deseja correr,
mas o chão resiste, firme, silencioso.
A força nasce de pequenas ruturas,
de ações que parecem ínfimas,
mas que rasgam o tecido do dia.
O olhar atento percebe
que o que se move é também o que sustenta,
e que cada encontro de forças invisíveis
desenha caminhos inesperados.
Existe um tempo para expandir o que se sente,
e outro para recolher o que foi espalhado.
Entre o ímpeto e a pausa,
há um espaço onde o coração aprende a respirar,
onde o ato mais simples contém
a força de uma revolução silenciosa.
A presença que não se impõe,
a escuta que não se apressa,
a entrega que se oferece sem expectativa:
tudo isso constrói horizontes
que não se medem por dias ou nomes,
mas por instantes onde a vida reencontra a sua própria medida.
(Poema inspirado nos símbolos astrológicos que moldam o espírito deste dia,
traduzido em linguagem poética.)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.