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quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

A Casa que o Tempo Abre em Mim

Escrevo a poesia que deixa o tempo atravessar-me,

até que o movimento se torne consciência.

Há dias em que me encontro no céu,

não à procura de sinais,

mas a traduzir em mim

o que respira por detrás das formas:

o pulso que insiste,

a tentativa de cura,

a clareza possível.

 

Muitos passam pelos dias

sem notar o que muda.

Eu faço casa nesse lugar em espiral,

onde tudo circula devagar

e onde as estrelas, mesmo distantes,

têm algo a ensinar.

É essa fidelidade ao que sinto

que me mantém inteiro

e ainda capaz de continuar.

 

Respiro o tempo sem pressa,

como quem escuta um nome antigo,

e deixo que cada Lua Nova

abra um livro silencioso por dentro;

um livro que só se revela

a quem lê com o coração aberto.

 

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