Não há como reduzir o risco
do que ainda nos cabe viver.
O milagre
é enfrentar.
Diante disso, restam-nos apenas
as armas que fomos criando em nós,
não para ferir,
mas para, com paciência,
ultrapassar o que somos.
Para quê contornar o abismo,
se é preciso tocar a morte
para que a primavera exista?
Em cada luta,
o adversário verdadeiro mora dentro.
Os outros são sombras,
figuras que inventamos
para adiar
o essencial.
O estratega nasce aí:
não como domínio do mundo,
mas como clareza interior,
capaz de avançar
quando o horizonte ainda não garante nada.
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