Não te é pedido que interpretes.
Pedem-te, antes, coragem.
Tudo o que foi evitado
aproxima-se sem disfarce:
as palavras adiadas,
as escolhas que fingiste não ver
e a verdade que te observava em silêncio.
Algumas relações mostram o que sustentam,
outras, o que prendem.
Não há inocência naquilo que se repete.
O coração tenta manter a firmeza,
mas a vida empurra:
“solta o que te esgota,
mesmo que o chames de rotina”.
Há um cansaço antigo a pedir saída
e uma lucidez nova a pedir espaço.
Entre uma e outra nasce o risco,
e é no risco que a tua força respira.
Se te aproximas do que dói,
a dor muda de nome;
se recuas, o peso duplica.
Nada te promete consolo,
mas sim direção:
avança um passo, só um,
e verás o que ainda não te atreves a imaginar.
(Poema inspirado nos símbolos astrológicos que moldam
o espírito deste dia, traduzido em linguagem poética.)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.