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segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Horizonte Poético — Clareira Interior

Por vezes o ambiente reage mais ao que permanece oculto sob a rotina das decisões.

As emoções ganham movimento próprio,

fluem com facilidade

e revelam mudanças que antes pareciam improváveis.

Nada acontece com estrondo,

é mais como um vão silencioso,

uma clareira interior onde o instinto respira melhor.

 

As relações, formais ou íntimas,

entram num território subtil:

aquilo que é dito conta,

mas o que não é dito pesa ainda mais.

Há afinidades que se intensificam,

ligações que se tornam mais magnéticas

e sombras antigas que procuram expressão

para não ficarem esquecidas.

Nem tudo é confortável,

mas tudo tem intenção de verdade.

 

A mente ganha foco

e procura estruturar o que sente.

Pensamentos dispersos começam a organizar-se,

ideias ganham maturidade

e há uma maior disponibilidade para perceber limites

que já não podem ser ignorados.

Surge uma disciplina suave,

como se a razão oferecesse à sensibilidade

um lugar mais estável onde pousar.

 

Entretanto, forças mais profundas

continuam a mexer com os desejos,

com impulsos que pedem transformação

e recusam regressar às antigas molduras.

Algo neste mundo se pressente:

certos padrões já não servem

e insistir neles

é apenas adiar a mudança necessária.

 

Momentos que não empurram,

mas orientam;

não exigem rupturas,

mas acendem sinais.

E quem estiver atento

pode perceber que há caminhos

a germinar nas esferas mais ocultas das emoções

e que aquilo que parecia complexo demais

começa, lentamente,

a ganhar forma.

 

(Poema inspirado nos símbolos astrológicos que moldam o espírito deste dia, traduzido em linguagem poética.)

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