Por vezes o ambiente reage mais ao que permanece oculto sob a rotina das decisões.
As emoções ganham movimento próprio,
fluem com facilidade
e revelam mudanças que antes pareciam improváveis.
Nada acontece com estrondo,
é mais como um vão silencioso,
uma clareira interior onde o instinto respira melhor.
As relações, formais ou íntimas,
entram num território subtil:
aquilo que é dito conta,
mas o que não é dito pesa ainda mais.
Há afinidades que se intensificam,
ligações que se tornam mais magnéticas
e sombras antigas que procuram expressão
para não ficarem esquecidas.
Nem tudo é confortável,
mas tudo tem intenção de verdade.
A mente ganha foco
e procura estruturar o que sente.
Pensamentos dispersos começam a organizar-se,
ideias ganham maturidade
e há uma maior disponibilidade para perceber limites
que já não podem ser ignorados.
Surge uma disciplina suave,
como se a razão oferecesse à sensibilidade
um lugar mais estável onde pousar.
Entretanto, forças mais profundas
continuam a mexer com os desejos,
com impulsos que pedem transformação
e recusam regressar às antigas molduras.
Algo neste mundo se pressente:
certos padrões já não servem
e insistir neles
é apenas adiar a mudança necessária.
Momentos que não empurram,
mas orientam;
não exigem rupturas,
mas acendem sinais.
E quem estiver atento
pode perceber que há caminhos
a germinar nas esferas mais ocultas das emoções
e que aquilo que parecia complexo demais
começa, lentamente,
a ganhar forma.
(Poema inspirado nos símbolos astrológicos que moldam
o espírito deste dia, traduzido em linguagem poética.)
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