Seguidores

sábado, 27 de dezembro de 2025

Novelo

Este novelo inteiro

não tem fim,

e cansa-me

querer, sempre,

desatá-lo.

 

Há um enredo antigo,

cheio de nós,

inquietações herdadas

que não começaram em mim.

 

Só o tempo

há de ordenar

este emaranhado.

 

E eu continuo,

insistindo,

a querer compreender,

a desejar, em vão,

que amanhã

se pareça com ontem.

 

O sonho vale,

mesmo quando

não há resposta

para toda a realidade.

 

E eu

sou apenas mais um

entre os vivos,

nada além disso.

 

O novelo permanece.

E talvez

seja sempre o mesmo.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.