Este novelo inteiro
não tem fim,
e cansa-me
querer, sempre,
desatá-lo.
Há um enredo antigo,
cheio de nós,
inquietações herdadas
que não começaram em mim.
Só o tempo
há de ordenar
este emaranhado.
E eu continuo,
insistindo,
a querer compreender,
a desejar, em vão,
que amanhã
se pareça com ontem.
O sonho vale,
mesmo quando
não há resposta
para toda a realidade.
E eu
sou apenas mais um
entre os vivos,
nada além disso.
O novelo permanece.
E talvez
seja sempre o mesmo.
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