Há presenças que não partem,
ficam suspensas,
entre o que foi vivido
e o que nunca chegou a ser.
O corpo vai,
mas o gesto não cumprido permanece,
como um eco que procura forma
no silêncio de quem ficou.
Entre raiva e ternura,
há um fio de reconhecimento:
ninguém é inteiro
nem sabe amar sempre no tempo certo.
Hoje, a saudade é outra coisa,
não é desejo de retorno,
é o espaço aberto
onde finalmente o amor encontra repouso.
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