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terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Horizonte Poético — Precisão da Mudança

Algo desperta por dentro,

não com estrondo,

mas com uma fricção silenciosa

que obriga o corpo a ajustar-se.

 

O que julgávamos resolvido

pede novo lugar,

e o que escondemos por hábito

aproxima-se da superfície

com uma verdade que não sabemos nomear.

 

Entre o desejo de avançar

e a recaída no que ainda dói,

surge um fio de consciência,

fino mas inquebrável,

como se a alma se inclinasse

para o ponto exato

onde pode finalmente crescer.

 

Os vínculos revelam o que sustentam

e o que exigem;

há lealdades internas

que se reafirmam no escuro,

e pactos antigos

que pedem revisão.

 

Nada se impõe de fora,

é o interior que se reorganiza,

o olhar que aprende a ver

sem fugir da sombra,

a coragem de ouvir

o que o silêncio tenta dizer.

 

E no breve instante

em que o futuro respira dentro do presente,

percebe-se que a mudança

não nasce do impacto,

mas da precisão

com que deixamos que a vida

nos redesenhe.

 

(Poema inspirado nos símbolos astrológicos que moldam o espírito deste dia, traduzido em linguagem poética.)

 

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