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terça-feira, 23 de dezembro de 2025

Amanhã e depois

O conflito pela sublimidade

impacienta o entendimento

daqueles que se preservam

no caminho das estruturas,

viciados num poder

que se absoluta e se contrai,

sem vislumbrarem as derrotas

necessárias à evolução.

 

Nos céus desenha-se,

com ângulos de tarefas,

a ordem temporal da vida,

sujeita ao caos.

 

A dona da noite

tomba no túmulo sagrado,

enquanto o guerreiro

exila-se na persistência do tesouro.

 

O vento sopra do mar,

coagido de incontrolada tempestade,

com o intuito de dissolver

o reino obtuso e circunflexo,

acastelado de desumanidade.

 

Soltar-se-ão as esperanças

na confusão do terrífico,

e os que julgarem ter morrido

estarão renovados de consciência.

 

Outros sucumbirão cegos,

inabaláveis de orgulho,

e, mesmo que vivos,

não mais serão lançados

ao levante do conhecimento.

 

A noite será assombrosa de inquietação,

sem vigília que a ilumine.

os uivos dos lobos,

enfurecidos, famintos de vingança,

perder-se-ão no deserto,

sem dunas que os amparem,

nem cadeira que os sustente.

 

Amanhã e depois.

 

 

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