Escrevo-me a cada dia,
passo a limpo as palavras
que se me escapam,
tentando, no silêncio do papel,
fingir-me de poeta.
A caneta, exausta,
já não consegue traçar mais sonhos,
não tem tinta,
não tem alma.
Restam-me apenas as linhas vazias
onde o pensamento se perde,
sem conseguir tocar o que um dia fui.
(Poema in (Re)cantos da Lua, publicado em Dezembro de 2006, pela Magda Editora)
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