Os sentimentos,
dizem, são o engano da carne,
chamas que tremem ao vento do instante.
Mas há um outro sentir,
que não precisa de nervos nem de lágrimas:
a inteligência que escuta o invisível,
a sabedoria que recorda o tempo
como quem respira o eco das estrelas.
O coração arde e consome,
a mente observa e aprende,
e entre ambos há um ponto imóvel
onde o ser apenas é.
Ali,
nenhum erro pesa,
nenhum medo se repete,
só a consciência,
fina e antiga,
a reconhecer-se em tudo o que sente.
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