Sou tantos,
que me confundo.
Nem sempre sei
o que se move
em cada um de mim.
Surpreendo-me,
quando me reencontro,
entristeço-me,
quando me traio
sem perceber.
Simplifico o caminho
para os que chegam cansados,
por tantas voltas,
e de tanto fugir.
Acrescento degraus
aos que insistem,
imersos em ilusões,
envoltos em nevoeiros.
E jogo com palavras
numa conversa oblíqua,
para que todos se analisem
e falem de mim
sem saber.
Sou tantos.
E ainda assim,
sou eu.
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