No âmago do silêncio,
milhares de chamas dançam,
pequenas centelhas invisíveis
que acendem pensamentos e sonhos,
que fazem o desejo e a memória respirarem.
Cada impulso, cada lembrança,
é sopro de energia que corre por veias de luz,
tecendo a trama delicada da consciência,
onde o sentir e o decidir se encontram.
Quando a força vacila,
o coração da mente hesita,
sombras deslizam, murmúrios se elevam.
Mas conhecer esse fogo é tocar a essência,
descobrir que mesmo na fraqueza
há pulsos que restauram, clareiam, despertam.
Não são só sinais ou substâncias,
é o murmúrio secreto do ser,
o motor que sustenta a vida interior,
a luz viva que nos lembra:
ser é existir em energia,
e existir é acender o invisível.