O velho mundo treme por dentro,
linhas de poder se dobram,
hierarquias desmoronam sem aviso,
e o que era rígido explode em possibilidades.
Ideias cortam o ar como raios,
arrancando tradições das raízes,
lançando pontes entre consciências distantes,
onde antes havia muros.
O trabalho, a educação, a vida coletiva
se reinventam sob mãos invisíveis,
redes de pensamento fluem,
ligando corações e mentes
num novo tecido de colaboração.
O saber não é mais aprisionado,
ele respira, pulsa, se multiplica,
e cada gesto se torna um experimento,
cada interação, um ato de transformação.
Amores e alianças mudam de forma,
já não cabem em moldes antigos,
e o humano aprende, às vezes a custo,
que liberdade e vínculo podem coexistir.
No turbilhão das cidades e da tecnologia,
entre revoltas e inovações,
o mundo se recria,
e o impossível de ontem
é hoje a fundação do amanhã.
(Este poema foi inspirado na entrada de Plutão em Aquário, que ocorreu
entre 2023/24, com permanência prevista até 2044. Plutão simboliza
transformação profunda, renovação e destruição do que é obsoleto, provocando
processos de “morte e renascimento”, tanto no nível individual quanto social.
Ao transitar por Aquário, signo associado à inovação, liberdade, tecnologia e à
interconexão, sua influência propõe a reorganização de estruturas sociais,
políticas e culturais, estimulando a criação de novos modelos de interação,
colaboração e poder. O poema busca refletir esse espírito de transmutação: a
quebra de hierarquias rígidas, a reinvenção do trabalho, do conhecimento e das
relações humanas, e a emergência de um futuro integrado, inovador e conectado.)