Escutem!
As ruas queimam, o chão é pó e sangue,
e o choro das crianças ecoa como trombeta de
desespero.
Cada casa derrubada guarda histórias cortadas,
cada corpo ferido é a lembrança viva
de um inferno que nunca para.
Fome rasga barrigas, sede rasga lábios,
o vento leva o cheiro da morte
e ninguém parece ouvir.
Olhem!
Nos olhos das mães há o infinito medo,
nos passos dos sobreviventes, o cansaço do impossível,
nas mãos dos jovens, o vazio do futuro roubado.
O mundo está surdo, mas nós não podemos calar:
o terror não é só deles, é de todos nós,
cada silêncio é cúmplice, cada olhar desviado,
conivente.
Exijam. Lutem. Pressionem.
Que a indignação não morra em palavras vazias,
que a humanidade desperte antes que não reste ninguém
para chorar.
Gaza sangra. Gaza grita.
Escutem. Acordem. Salvem aqueles que ainda respiram
entre os escombros da nossa indiferença.
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