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sábado, 23 de agosto de 2025

Grito de Gaza

Escutem!

As ruas queimam, o chão é pó e sangue,

e o choro das crianças ecoa como trombeta de desespero.

 

Cada casa derrubada guarda histórias cortadas,

cada corpo ferido é a lembrança viva

de um inferno que nunca para.

 

Fome rasga barrigas, sede rasga lábios,

o vento leva o cheiro da morte

e ninguém parece ouvir.

 

Olhem!

Nos olhos das mães há o infinito medo,

nos passos dos sobreviventes, o cansaço do impossível,

nas mãos dos jovens, o vazio do futuro roubado.

 

O mundo está surdo, mas nós não podemos calar:

o terror não é só deles, é de todos nós,

cada silêncio é cúmplice, cada olhar desviado, conivente.

 

Exijam. Lutem. Pressionem.

Que a indignação não morra em palavras vazias,

que a humanidade desperte antes que não reste ninguém para chorar.

 

Gaza sangra. Gaza grita.

Escutem. Acordem. Salvem aqueles que ainda respiram

entre os escombros da nossa indiferença.

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