Há uma Lua em nós
Que outrora nascera
E era dia
Mergulhada num pântano
Cerrado de medos e (des)ilusões
E nela se espelha
Abaixo do horizonte
Já posto
O Tempo enraizado
Firme na convicção
De que perdurará aquele momento
A Lua quase apagada
De tanto morrer
É surpreendida com o tempo do Tempo
Que se desprendeu da terra do ouro
Para lhe tocar com uma noite quente
E um último beijo
E fundem-se na inquietude
Para que se salvem almas
E um novo Tempo descenda
Tudo tem um termo
Para que haja a sorte
Do Sol de todos
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