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domingo, 27 de janeiro de 2019

Olhar É Muito | João Manuel Jacinto


Olhar é muito
Gosto de procurar o infinito
Quando os meus olhos se perdem nos teus
E viajo ao pensamento da mais profunda abstração
Onde mora o entendimento que não sabemos coligir
E abro-me num sorrio de prazer de deuses
Pelo oceano onde me levas como ninfa ou sereia
E cerras timidamente as pálpebras quebrando de mim teu belo ver
Deixas sumir-me em anseio sem saber mais sem te ser mais
E agarro a tua mão e dás-me a mão
E não há mais espaço que nos desagregue
E o beijo de todos os que se amam arde além-lábios em nós
E não há mais forma para tanto sentir não há razão que nos desenlace
Viole a liberdade de descobrir amar

Olhar é muito
Nunca deixes de olhar para o amor que te sente
Para que sintas sempre amor no olhar
Não deixes que nada nos impeça a este olhar

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