Se te esquecesses de todos os olhares
E apenas me visses,
Não numa imagem que de mim se possa fazer a qualquer contemplação,
Mas simplesmente como me dou diante de ti,
Na autenticidade da luz que atente,
Talvez te descobrisses num ver diferente,
E escassamente fosses o olhar que procuras na paisagem,
Onde tudo se confunde pelas semelhanças que nada proferem.
Se fosses quem és,
No que em ti visses,
Jamais temerias a Sombra
Que sempre te acossa
E avistarias mais azuis
Acima de minha silhueta,
Onde apenas ressoam pássaros
Recriando céus para nós.
Livre sois de ver o amor
Que nos habita, quando cruzamos
Por entre disfarces o cerne da alma.
Olha-me com a atenção que merecemos.
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