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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A caminhar

Se algum capricórnio
cair da montanha,
que não seja sábado,
a meio da tarde,
no momento em que eu
lá estiver
a caminhar,
por entre velhas memórias
e o verde,
e que não me caia(m) ele,
(e outro(s)),
em cima.
Mas, consequentemente depois.

Mesmo acabado,
certamente
persistirá ignóbil
e louco,
no sopé,
querendo ambiciosamente trepar,
mesmo sem cornos,
nem a vontade de todos,
até que se feche de vez
o Outono,
sem que reste folha,
que ilustre galho.

O pior,
seria abater a montanha,
em vez da conjuntura.

(2009)

2 comentários:

  1. OLA AMIGO JJ, BELISSIMO POEMA, E MAIS POR SER DEDICADO A QUEM TU DEDICASTE...
    BOM FIM DE SEMANA...
    BEIJO DE AMIZADE!!!

    SUSY

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  2. caro poeta, seu versejar é de um lirismo intenso e esmerado. Gostei muito ! Um abraço.

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