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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Abrir janelas e sorrisos

Muitos se esqueceram das janelas,
que em tempos, por medo, fecharam.
Outros não se querem lembrar
das portas que estão por abrir,
como se a transparência
não fosse visível às escuras
e o que se apresenta tão claro,
não acabasse por (des)iludir.
Vivo no mundo
que (re)invento,
e corre-me um rio, de dentro,
de inesgotável nascente,
que desagua lá, num lençol de estrelas,
o que me faz de tecto,
e que me inspira ao sonho de infinito,
e donde chove o que nem sempre sei,
para que acorde e viva,
e seja tão simplesmente feliz...
Continuo a abrir janelas e sorrisos
para os dias que me nascem ao olhar
e com a vontade,
que espreita,
a que me educo,
bato com todas as portas
ao que me queira restringir a liberdade
ou a quem me faça sentir prisioneiro da noite,
que também, em mim,
habita há tanto.

1 comentário:

  1. João
    Quão belo é este teu poema... nascente de uma fonte lírica, nem por isto oclusa a realidade: a noite , que também em mim habita..
    mas são nas cintilantes estrelas que ato minhas mãos em busca de asas que voem o dia que me amanhece com este poema.
    abraço, parabéns,
    Carmen

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