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domingo, 7 de março de 2010

Escadas



Olha-os, lá de cima,
onde habitas
transitoriamente
na tua evolução.
Não percas tempo
no degrau
por ti, já pisado,
no longínquo passado.
Eleva-te com firmeza
no lance seguinte.
Apoia-te no corrimão,
alcança o patamar
e abre essas portas
de provações trancadas.

Que mania
de descer e subir
escadas...


João M. Jacinto
in (Re)cantos da Lua


Fotos
"DE COMO SER", espectáculo pela Oficina Permanente do Ator da UFSC, Brasil, sob a Direcção Artística de Carmen Fossari (Dezembro 2006). "Escadas" foi um dos poemas escolhidos de João M. Jacinto, assim como "Fui Criança", que serviram como texto base à interpretação dos actores.

2 comentários:

  1. Entro pelo Passaporte da Emoção no Páis da Memória, identifico um momento vivido com ex alunos , alguns colegas de Palco hoje, nas fotos de 2006 pinçadas pelo Menino do Montijo.
    As palavras faladas na intenção dramática, a leitura anterior a cena e a leitura Posterior dos poemas passados 4 anos, leio, leio de novo. Não poderia dizer que releio, pois cada vez evocam tais versos leituras tão nascentes, com o frescor da descoberta como requer aos grandes poemas, que permanecem e são mapas que identificam o País em que aprendemos COMO SERMOS SERENAMENTE HUMAN@S
    PARABÉNS E OBRIGADA, SUA POESIA NOS INSPIRA A CENA.
    BJS
    Carmen

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  2. Quemania, ham...
    Sobe e desce sem fim,
    melhor seria apens subir,
    sem escalas no andar de baixo,
    aprendi a desejar isso com os pássaros,
    tão retilíneos, tão ascendentes em seu caminhar.
    Asas, o poeta me inspira a despertar as asas.
    o poeta sempre inspira o despertar,
    o poeta sempre inspira
    o poeta
    .

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