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quarta-feira, 3 de março de 2010

Ilusor

Nunca me senti poeta,
no entanto gosto de escrever,
brincar com as palavras;
gosto de as ouvir gritar
quando me calo,
e de as (re)ler
para que me escute!...
Não sou poeta,
faço terapia quando versejo,
enquanto o mundo, lá fora,
andas às cambalhotas.
Às vezes, me pergunto
que fuga é esta,
que caminho é este,
o das palavras,
e se sou a cigarra
ou a formiga,
se escrevo por que devo,
se ambiciono, por escrever,
se gosto de poesia
ou mais de mim, poeta?...

E nunca me respondi;
continuo a querer ser poeta,
a acreditar-me, como pai,
para que me retarde
ao fim,
e ilusor da natureza...



(Este poema é uma resposta, sim, à poeta Carmen Fossari; à sua amável crítica poética/literária.)

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