Senta-te em quietude,
como quem escuta o invisível chegar,
respira três vezes
e deixa que o corpo se torne vento.
Pousa a mão sobre o coração,
há ali um fio de luz adormecido,
não o puxes nem o prendas:
deixa-o vibrar.
Diz em silêncio:
“Nada se perde no silêncio,
tudo o que é verdadeiro
encontra sempre um caminho de retorno.”
Então, solta o fio,
vê-o expandir-se
até se tornar parte do ar,
do som, do nada.
Não há distância onde o amor ressoe,
o que foi dito com verdade
permanece,
mesmo quando o eco adormece.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.