Não é o mundo que dita o rumo,
é o silêncio que se ergue por dentro.
Nenhum decreto, nenhuma voz,
pode sobrepor-se ao que o coração conhece.
A liberdade não é fuga,
nem o impulso de quem rompe correntes,
mas o gesto sereno
de quem caminha em aliança consigo.
Obedecer ao que é verdadeiro
é a forma mais pura de escolha,
é o espírito a reconhecer
a sua própria natureza.
E quando o eu se inclina diante do ser,
nenhum poder o domina,
pois toda a lei que nasce de dentro
é o sopro da alma a tornar-se mundo.
(Poema inspirado em Jean-Jacques Rousseau, particularmente na ideia
expressa em O Contrato Social: “A obediência à lei que alguém prescreve a si
mesmo é liberdade.”)
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