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domingo, 7 de setembro de 2025

Manifesto da Palavra

Não falo para converter,

nem para levantar templos sobre a areia.

A minha missão é o verso,

o sopro que rompe grades invisíveis,

o canto que recorda ao ser humano

que não nasceu escravo,

mas livre.

 

A poesia é a minha espada e o meu bálsamo,

ela fere as mentiras,

mas cura os corações cansados.

Não se curva diante de altares,

não beija anéis de poder,

nem se vende a reis nem a igrejas,

mas fala do que arde no íntimo,

da centelha que ainda pulsa,

mesmo sob séculos de escuridão.

 

Trago palavras como sementes:

lanço-as ao vento,

não para impor raízes,

mas para que germinem onde houver solo fértil.

Quem ouvir, que escute,

quem despertar, que caminhe

e quem preferir o sono,

que repouse, pois cada ser tem o seu tempo.

 

Entre sombra e fogo,

sou guardião da lembrança:

o ser humano é mais

do que lhe disseram que era,

e a verdade, mesmo perseguida,

encontra sempre uma voz para cantar.

 

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