O céu move-se em silêncio,
mas é dentro de nós que as marés se levantam.
Correntes invisíveis atravessam a pele,
trazendo tensões que despertam,
como se o coração carregasse o rumor do mundo.
Há instantes em que o caos se insinua,
quebrando o que parecia sólido,
fazendo emergir verdades guardadas no fundo.
Não é ruína, é passagem,
é o gesto invisível da vida a pedir mudança.
Cada lágrima contém um oceano,
cada silêncio é também um grito,
e no meio da escuridão breve
acende-se a centelha que recorda:
somos fragmentos de uma mesma luz,
chamas distintas do mesmo fogo.
Mesmo quando o horizonte parece fechado,
há sempre movimento,
há sempre uma nascente secreta
a reinventar o caminho.
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