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sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Ano Nove

No coração dos números

há portas que só se abrem uma vez.

 

O tempo grava o 2025

como espelho raro,

um quadrado perfeito suspenso

entre passado e futuro.

 

Nove pulsa no centro,

não como fim,

mas como círculo fechado

que chama outro início.

 

Quem ousa atravessar este limiar

não carrega fardos antigos,

não repete sombras,

apenas aprende a caminhar leve

com a memória das quedas

e a promessa do renascer.

 

Este é o ano em que o silêncio

pode ensinar mais que o ruído,

em que cada gesto consciente

é uma semente a reprogramar o destino.

 

E talvez a maior revelação seja esta:

a chave sempre esteve no nosso peito,

à espera de coragem

para ser usada.

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