No presente, os planos tomam forma
como castelos desenhados à beira do rio.
Parecem firmes, promissores, completos,
mas a corrente silenciosa do tempo
sussurra que nada é imutável.
Cada gesto, cada estratégia, cada aliança
ergue-se como muralha contra o caos,
mas os contornos que hoje parecem claros
tremem sob o olhar do futuro
e lentamente se dissolvem
como areia levada por ventos ainda não soprados.
O mundo dobra e se expande,
cada passo coletivo é impulso e resistência,
e o medo que hoje parece eterno
cede espaço à coragem silenciosa,
às escolhas que nascem não da força,
mas do entendimento do que é realmente vivo.
O que parecia sólido se torna instável,
o que parecia impossível se revela caminho.
Entre sombras de certezas e brumas de ilusão,
o presente constrói sinais
e é o tempo que, por fim, revela o sentido.
E mesmo que tudo se transforme,
e mesmo que o futuro se afaste das certezas de hoje,
uma luz tênue persiste:
o despertar da consciência coletiva,
a força de quem sente, cria e reinventa,
e a promessa de horizontes que ninguém ousou nomear.
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