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quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Horizontes de Areia

No presente, os planos tomam forma

como castelos desenhados à beira do rio.

Parecem firmes, promissores, completos,

mas a corrente silenciosa do tempo

sussurra que nada é imutável.

 

Cada gesto, cada estratégia, cada aliança

ergue-se como muralha contra o caos,

mas os contornos que hoje parecem claros

tremem sob o olhar do futuro

e lentamente se dissolvem

como areia levada por ventos ainda não soprados.

 

O mundo dobra e se expande,

cada passo coletivo é impulso e resistência,

e o medo que hoje parece eterno

cede espaço à coragem silenciosa,

às escolhas que nascem não da força,

mas do entendimento do que é realmente vivo.

 

O que parecia sólido se torna instável,

o que parecia impossível se revela caminho.

Entre sombras de certezas e brumas de ilusão,

o presente constrói sinais

e é o tempo que, por fim, revela o sentido.

 

E mesmo que tudo se transforme,

e mesmo que o futuro se afaste das certezas de hoje,

uma luz tênue persiste:

o despertar da consciência coletiva,

a força de quem sente, cria e reinventa,

e a promessa de horizontes que ninguém ousou nomear.

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