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sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Latido do Mundo

Há dias que choram em silêncio,

sob tetos quebrados e ruas que sussurram medo.

O vento carrega histórias que ninguém escreve,

e ainda assim, cada pedra conhece o nome da esperança.

 

Há mãos que não seguram nada além do vazio,

olhos que procuram sinais

num céu carregado de promessas quebradas.

E mesmo assim, há quem respire fundo,

como se cada gesto pequeno fosse um pacto com a vida.

 

O mundo se dobra sobre si,

como papel antigo que insiste em não rasgar.

E em cada dobra, em cada fissura,

algo pulsa, tênue, mas insistente:

a lembrança de que ainda podemos.

 

Não é o riso que nos salva,

nem a vitória que se anuncia nos jornais.

É o toque de um olhar, o eco de uma palavra,

o sopro que atravessa a escuridão

e lembra que cada ser que sente

é uma ponte entre o impossível e o real.

 

Mesmo na distância, mesmo na dor,

há centelhas que se encontram

e transformam o mundo,

um instante de coragem por vez,

um coração por vez.

 

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