No coração do átomo, silêncio e agitação coexistem,
ondas que se dobram e esperam, segredos escondidos no vazio,
a matéria que abraço é fantasia entrelaçada com o sopro de quem observa,
um reflexo de tudo e de nada.
O mundo é mais estranho do que meus sentidos permitem tocar,
cada gesto, cada forma, cada sombra é fragmento de uma dança que escapa à
lógica,
e ainda assim existo, preso à delicada teia do possível,
tentando sentir o invisível que pulsa sob a superfície do que chamamos
real,
sabendo que sou parte e espectador,
observador e observado,
um fragmento entre os fragmentos.
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