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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

E o galo...

Não consigo pressentir,
a grandeza de tudo o que existe
e vai para além de mim
até ao infinito,
(endoideço de pensar),
nem imaginar,
o quanto ainda desconheço,
enquanto houver aldeia que me
habite
e prenda as vistas,
e a alma,
esconda a outros horizontes,
nunca contemplados
e seja surpreendido pelo inevitável,
e iniba de ser mundo
e Eu.

O caminho
nunca se constrói de certezas;
mas de imprevistos
e resoluções.
E há a desmedida ambição,
as (in)verdades da sobrevivência
e indissolúveis (des)culpas.

E basta que o galo
cacareje apenas uma vez,
e depois de tudo,
para que se ponha fim
à noite,
e se queira escutar
a luz
e ser manhã.

2 comentários:

  1. Um poema como uma floresta de pensamentos.
    O poeta, vislumbra sua ampla visão , na cosmologia de vários universos estabelendo a dicotomia de estar nas raízes de seu eu/verso
    ante as amarras inibitórias oxalá de outros vôos, lembrando neste aspecto os versos do maior POETA SIMBOLISTA do Brasil Cruz e Sousa:
    AH! TODA ALMA NUM CÁRCERE ANDA PRESA...
    PARABÉNS. ABRAÇO POEMA, POESIA!

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  2. lá descobri mais uma pessoa que escreve muito bem poesia.

    Boa tarde.

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