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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Liberdade















Cansada, a Liberdade,
de tanto nos querer guiar,
deixa de ostentar barrete frígio,
e somem-se-lhe as cores de suas vestes
e desistem os ventos de lhes dar vida,
e cobre os seios com seus cabelos,
e debruça-se de tristeza,
humildemente meditando,
por nos sentir sem esperança,
e longe,
adormecidos,
possuídos por banalidades,
até capazes de cobardia,
resignados…

Mas, antes que se faça no céu,
primavera,
soará das ondas deste mar país,
a revolta dos acordes,
para que se arquitecte outro fado,
e sejam depois de tudo,
e por fim, jardim
e poesia,
e esta (ou outra) Liberdade,
na força de todo e qualquer verão,
(re)vestida de coragem
com as cores de todos nós,
em tons quentes, renascidos,
e Portugal.

E a Liberdade,
enfim, aniquilará o medo,
para que emirja o entendimento
do caminho.




Imagem
"La Liberté guidant le peuple" de Eugène Delacroix

5 comentários:

  1. OLÁ MEU QUERIDO AMIGO, BELÍSSIMO POEMA COMO SÓ TU SABES ESCREVER... S U B L I M E ... ABRAÇO-TE COM MUITO CARINHO E TERNURA,
    FERNANDINHA

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  2. Que sim, que a liberdade - sob qualquer forma- nos vista a vida, enfim!

    Abraços.

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  3. OLA AMIGO, MAGNIFICO POEMA...ADOREI...QUE TENHA UM RESTO DE FELIZ SEMANA!!!
    BEIJOS DE AMIZADE,


    SUSY

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  4. "Quando uma nação começa a pensar é impossivel detê-la!"

    Parabéns pela poética, sons da liberdade ecoam por aqui!

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  5. Olá amigo!

    Um belo poema...Gostei!!!
    Parabéns!!!
    Abraço
    Lourenço

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