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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O rei brilhou e o justo nasceu

O rei tornou-se
sucessivamente grande,
e logo brilhou
quando se escondeu;
saiu da longa noite
onde perecia visível
no inferno do indefinível
e na infinitude dos sentidos.
E a nona seta
apontava, perfeita no arco,
para as estrelas deste fado
preso de limites,
cantado por vozes
que não se cansam
em transcender o canto.
E ascenderam, nos corações,
de esperança, outros ventos.
E fez-se breve
a primeira estação;
por ser ainda tempo
de má colheita.

O rei brilhou
e o justo nasceu,
herdando uma cadeira
já morta.

E outras flores,
por fim,
animaram o futuro.

Mas o lírio
nunca (re)nasceu.


27091968
3843N
0908W

1 comentário:

  1. Repleto de códigos e portanto passível de várias leituras seu poema, oscila entre a esperança, aliás belissíma a frase..."outras flores,por fim animaram o futuro"e uma realidade embora mais promissora ,que não se cumpre além das esperanças, daqueles que além do canto, ultrapassam semprea resistência da esperança de um tempo de amplo e metafórico SOL,capitaneando as estações, sendo estas de cunho político.
    Parabéns João, belo , criaSOL...

    Bom domingo
    bjs
    Carmen

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