Dia de Chuva,
alma triste e molhada,
rios de rua,
cúpula de mágoa rasgada.
O Sol trocou-se de nuvem,
tão cedo entardeceu.
Cheias de ninguém,
enxurradas do eu.
Trovoadas de espanto,
vendavais do meu degredo.
Na tempestade deste canto,
ressoam os trovões do medo.
Sonhos ansiosos por bonança,
em arrepios de solidão.
Afogam-se na esperança,
lareiras sem multidão.
Em arco-íris se altera
o confuso azul do céu.
A vida depressa se enxuga
e o meu dilúvio morreu.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.