Há dias em que nada chama.
O corpo continua,
mas sem direção,
sem desejo a puxar para frente.
Não é dor aberta,
é um vazio denso
onde até a esperança se senta.
O mundo passa, inteiro,
mas não entra.
As coisas existem
ligeiramente afastadas,
como se pertencessem a outro dia.
Ainda assim,
ficar acontece,
respirar insiste.
Quando nada chama,
não avançar não é desistir,
é apenas não mentir ao cansaço.
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