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sábado, 18 de outubro de 2025

O Relógio Invisível

O tempo não corre, gira,

entre nascimento e memória,

entre sombra e luz que desperta.

 

Cada instante é círculo,

cada fim, recomeço,

cada vida, fio que une

o que foi, o que é, o que será.

 

O espírito respira em todos os corpos,

e o corpo ecoa o sopro do espírito,

num movimento invisível

que atravessa séculos, estrelas, gerações.

 

Não há começo nem término absoluto,

há apenas pulsações que se reconhecem,

ritmos que se entrelaçam,

e a consciência que desperta

revela-se como luz que sempre foi.

 

O que somos não termina em nós,

o que sentimos não desaparece no esquecimento;

tudo se recolhe, se reinventa, se oferece

ao eterno movimento do ser.

 

 

(Este poema foi inspirado no conceito do “Relógio do Tempo” do povo Bakongo, refletindo a visão de que o tempo é cíclico, a vida é interconectada e a consciência se manifesta através de todos os seres.)

 

 

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