O tempo não corre, gira,
entre nascimento e memória,
entre sombra e luz que desperta.
Cada instante é círculo,
cada fim, recomeço,
cada vida, fio que une
o que foi, o que é, o que será.
O espírito respira em todos os corpos,
e o corpo ecoa o sopro do espírito,
num movimento invisível
que atravessa séculos, estrelas, gerações.
Não há começo nem término absoluto,
há apenas pulsações que se reconhecem,
ritmos que se entrelaçam,
e a consciência que desperta
revela-se como luz que sempre foi.
O que somos não termina em nós,
o que sentimos não desaparece no esquecimento;
tudo se recolhe, se reinventa, se oferece
ao eterno movimento do ser.
(Este poema foi inspirado no conceito do “Relógio do Tempo” do povo
Bakongo, refletindo a visão de que o tempo é cíclico, a vida é interconectada e
a consciência se manifesta através de todos os seres.)
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