Não é o berço,
nem o sangue,
nem o nome.
É o olhar que te vê
quando tu ainda não sabes ver-te,
é o gesto certo,
a mão firme na incerteza,
é a fé silenciosa
de quem escolhe cuidar-te
quando tudo à volta se cala.
O poder não vem do alto,
nasce da raiz,
quando alguém te alimenta
com o que é raro,
não com ouro,
mas com tempo,
presença
e intenção.
Os que parecem comuns
guardam tronos por dentro,
à espera do toque
que desperta os genes adormecidos,
à espera de um sim
dito no escuro,
antes de haver prova.
A grandeza não ruge, germina,
não se impõe, escuta
e quando chega,
não é para mandar,
mas para restaurar a vida.
Um líder é o que sobreviveu ao esquecimento
e foi lembrado por alguém
na hora certa.
É assim que se salva um povo
não com força,
mas com visão,
não com gritos,
mas com escolhas…
e um cuidado tão profundo
que transforma destino
em renascimento.
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